Grupos de luto compartilham jornadas de dor e ajudam famílias a decidir sobre pertences e redes sociais de quem partiu
Reuniões passaram a atrair mais gente depois da pandemia. Por Alba Valéria Mendonça | g1 Rio Em abril deste ano, a professora Tatiana Gonçalves perdeu para a Covid o marido, Antônio, com quem estava casada havia 18 anos. Com o baque da morte, Tatiana se mudou para a casa da mãe — e até hoje não conseguiu voltar ao apartamento que dividia com o companheiro. Eventos, como a revoada de balões no Dia de Finados, ajudam participantes do Amigos Solidários a trocar experiências sobre o luto — Foto: Reprodução/Facebook “Criei um bloqueio, porque tudo na casa lembra ele. Não aguento nem olhar. E as pessoas não aceitam, acham que eu tenho de enfrentar isso de uma vez”, contou Tatiana ao g1. O coronavírus levou a dor do luto a Tatiana e a outras 65 mil famílias no RJ desde março do ano passado. A saudade e a tristeza que parecem não ter fim — e muitas vezes paralisam quem ficou — impõem ainda questões práticas: o que fazer com os pertences, como roupas e acessórios? O que acontece com as redes s