Você e o valentão que te agride

Na escola, às vezes, tem aquele sujeito que gosta de te perseguir, humilhar, intimidar e, até, agredir fisicamente. Hoje, essa agressão constante e sistemática desse valentão se chama bullying. Quando ocorre com uma pessoa adulta, essa mesma atitude deplorável é chamada de assédio moral.

Por Luiz Maia | Psicólogo

Antigamente essa agressão era vista como uma brincadeira de mau gosto. Tanto que a orientação para os jovens era não ligar para aquilo, entrar na brincadeira e aceitar pois, assim, essa perseguição perderia a graça e terminaria. Não é bem assim. Esse comportamento dos familiares pode provocar danos emocionais, como a sensação de impotência, de se culpar por algo, de se sentir incapaz.

Encontramos, entre jovens e adultos, grupos que se formam com certos padrões de aceitação e que excluem as pessoas que não se enquadram naquele comportamento. Podem ser padrões sociais, físicos, de popularidade… E quem não se encaixa pode ser vítima de bullying. Essas atitudes discriminatórias podem gerar consequências sérias em suas vítimas. O isolamento social é uma delas.

Quando a pessoa se vê como uma estranha no ninho, busca se isolar para escapar dessa perseguição, e de seus próprios problemas. Passa a considerar que a culpa é sua, por ser diferente. Com o isolamento vem as dificuldades afetivas, de relacionamento, que podem causar ansiedade e chegar à depressão. Nessa situação a pessoa busca válvulas de escape, seja no álcool e/ou outras drogas, ou em atos violentos.

Para lidar com o bullying e os danos que ele pode causar, os familiares e amigos, ao perceberem a mudança de comportamento, devem procurar conversar, incluir a vítima em atividades e em seus grupos sociais, buscando uma interação que ajude aquela pessoa a perceber que há outras opções de relacionamentos que não lhes são hostis.

Se o quadro comportamental não apresentar resposta positiva a essas propostas de interação e integração, busque ajuda profissional na Psicologia.