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Experimento em São Paulo sugere redução de estresse em crianças com leitura de histórias

Investigação contou com a participação de 81 crianças internadas em UTI e realizou coleta de amostras de saliva antes, durante e depois da terapia de ouvir histórias.

Por G1

Além dos já conhecidos benefícios da leitura, um novo estudo sugere que ler para crianças doentes pode ajudar na redução dos hormônios responsáveis pelo estresse - auxiliando no tratamento de recuperação.

Vera Gracitelli, contadora de histórias voluntária da Associação Viva e Deixe Viver que participou do estudo desenvolvido pela UFABC. — Foto: Divulgação | Associação Viva e Deixe Viver

De acordo com os pesquisadores do Instituto D´Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) em parceria com a Universidade Federal do ABC (UFABC), responsáveis pelo estudo, amostras de saliva de 81 crianças internadas em unidades de terapia intensidade (UTI) em São Paulo demonstraram que, no grupo onde havia terapia com contação de histórias, houve diminuição nos níveis do cortisol, hormônio associado ao estresse.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica americana "Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS)".

“Essas importantes implicações clínicas apresentam a contação de histórias como uma intervenção humanizada e de baixo custo, que pode melhorar o bem-estar de criança hospitalizadas”, afirmam os autores.

A investigação também contou com a participação de seis contadores de histórias voluntários, membros da Associação Viva e Deixe Viver, com mais de 10 anos de experiência em hospitais.

Contação de histórias como terapia de recuperação

Crianças costumam criar um vínculo muito forte com histórias. Por um processo de comparação, elas ajudam a lidar com as situações que estão vivendo. Estudos anteriores já haviam explicado esse processo psicológico como uma interação dinâmica e complexa entre linguagem, texto e imaginação, chamado de “transporte narrativo”.

No estudo, os pesquisadores afirmam que os efeitos da narrativa eram até então considerados anedóticos, uma vez que seu impacto no bem-estar e na fisiologia das crianças ainda não era suficientemente compreendido.

Para aprofundar essa investigação, foram selecionadas 81 crianças com idades entre 2 e 7 anos internadas em UTI devido a problemas respiratórios como asma, bronquite e pneumonia para participar do estudo.

De forma aleatória, as crianças foram dividas em dois grupos: um que receberia terapia de contação de histórias e outro que faria questões de adivinhações e enigmas. Todas as histórias selecionadas eram alegres ou divertidas e ambas as atividades foram realizadas no intervalo de 25 a 30 minutos.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores recolheram amostras de saliva e questionaram as crianças quanto à percepção da dor antes, durante e depois da terapia de ouvir histórias.

Embora os dois grupos tenham apresentado aumento nos níveis de oxitocina (hormônio associado ao bem-estar) e diminuição do cortisol (hormônio associado ao estresse), no grupo que recebeu a terapia de contação de história, o níveis de oxitocina correspondiam a quase o dobro do observado no outro grupo.

“Comparado com o grupo de controle, as crianças do grupo de contadores de histórias mostraram um aumento acentuado da oxitocina combinado com uma diminuição do cortisol na saliva após a intervenção de 30 minutos”, afirmam os pesquisadores.

Os pesquisadores acreditam que a alteração nos níveis dos hormônios ajudou a reduzir as emoções negativas das crianças referentes ao ambiente hospitalar e à percepção da dor.

"Acreditamos que os pais devem ser incentivados a contar histórias a seus filhos. Contar histórias pode ser um meio eficaz de criar vínculos emocionais importantes", afirmam os pesquisadores.

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